"[...]
Vejo o puro, suave e brando Tejo,
Com as côncavas barcas que, nadando,
Vão pondo em doce efeito seu desejo;
Umas com brando vento navegando,
Outras, c’os leves remos, brandamente
As cristalinas águas apartando.
[...]”
Luís de Camões, “Elegia III.”, séc. XVI
O tempo de escultura na cidade desta feita deveria chamar-se na vila. Na circunstância na Notável Vila da Constância, de seu nome completo, situada na confluência do Zêzere com o Tejo.
Se indo pela avenida abaixo e antes de se chegar à praça se passar para a zona ribeirinha (do rio, que não do Tejo), lá está ela, a escultura de Luís de Camões. É da autoria do escultor Lagoa Henriques e foi inaugurada em Junho de 1981 pelo então presidente da república, general Ramalho Eanes.
A escultura apresenta-nos mais do que a focal estátua muitas vezes esperada, já que de volumes vários é formada e com escala e modelação de espaço que mais fazem lembrar a arquitectura. Percorra-se então o espaço escultórico intersticial, cirande-se em torno da mesma, apropriem-se do espaço, sentem-se ao lado de Camões em dia de Sol, de manhã, ou à tarde já depois do astro-rei para lá dos montes se ter passado... perceber-se-á então que dos valores até à ideia, ao desenho, à escultura, à arquitectura e ao urbanismo a distância foi curta, foi fácil...
Conclusão
Organizar o espaço com esculturas aumenta a qualidade urbana dos sítios, dos locais... com a escala, proporções, volumes, materiais, texturas e enquadramentos proporcionadores de panorâmicas, de emoções estéticas...
PS1 – A Elegia III consta de várias compilações da obra de Luís de Camões. A versão aqui utilizada provém das Obras completas Volume II Géneros líricos maiores. Com prefácio e notas do prof. Hernâni Cidade (1968). Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 3ª ed. Consta igualmente de Rimas varias de Luis de Camoens [...] (1980). SL: Associação para a Reconstrução e Instalação da Casa-Memória de Camões em Constância e Câmara Municipal de Constância. Em ambas as edições consta a palavra “Umas” com um til sobre o “u” em vez do “m”. Por dificuldades de escrita do mesmo apresento “umas”.
PS2 – O escultor Lagoa Henriques morreu no passado sábado, 21/2/09, com 85 anos.
A escultura apresenta-nos mais do que a focal estátua muitas vezes esperada, já que de volumes vários é formada e com escala e modelação de espaço que mais fazem lembrar a arquitectura. Percorra-se então o espaço escultórico intersticial, cirande-se em torno da mesma, apropriem-se do espaço, sentem-se ao lado de Camões em dia de Sol, de manhã, ou à tarde já depois do astro-rei para lá dos montes se ter passado... perceber-se-á então que dos valores até à ideia, ao desenho, à escultura, à arquitectura e ao urbanismo a distância foi curta, foi fácil...
Conclusão
Organizar o espaço com esculturas aumenta a qualidade urbana dos sítios, dos locais... com a escala, proporções, volumes, materiais, texturas e enquadramentos proporcionadores de panorâmicas, de emoções estéticas...
PS1 – A Elegia III consta de várias compilações da obra de Luís de Camões. A versão aqui utilizada provém das Obras completas Volume II Géneros líricos maiores. Com prefácio e notas do prof. Hernâni Cidade (1968). Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 3ª ed. Consta igualmente de Rimas varias de Luis de Camoens [...] (1980). SL: Associação para a Reconstrução e Instalação da Casa-Memória de Camões em Constância e Câmara Municipal de Constância. Em ambas as edições consta a palavra “Umas” com um til sobre o “u” em vez do “m”. Por dificuldades de escrita do mesmo apresento “umas”.
PS2 – O escultor Lagoa Henriques morreu no passado sábado, 21/2/09, com 85 anos.
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